quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Morte de mainha - Advogado sustenta a inocência de sargento


"Não há, nem nunca houve qualquer relação do sargento Matias com Mainha. Isto é folclore. Entre os dois não existiu qualquer tipo de amizade ou inimizade".

A declaração foi feita ontem, em entrevista à Reportagem, por telefone, pelo advogado criminalista cearense Paulo César Feitosa. Ele rebateu, veementemente, a informação de que o sargento PM Antônio Matias Neto tenha tido envolvimento na morte do pistoleiro Idelfonso Maia Cunha, o ´Mainha´, fato ocorrido em janeiro do ano passado, em Maranguape.


Segundo Feitosa, o sargento da PM não tinha razão alguma para se envolver na morte do pistoleiro. "O Matias está na Reserva da Polícia Militar, mas é um comerciante bem sucedido em sua terra, a cidade de Solonópole, onde possui fazenda e outras propriedades. Não tinha nenhuma razão econômica ou de qualquer outra ordem para se envolver neste crime. Não era desafeto de Mainha. Não é tido como suspeito e nunca sequer foi chamado para depor sobre este caso", completa.

Sem nexo

O advogado sustenta que "não há nenhum nexo causal que ligue o nome do militar ao assassinato do pistoleiro. Nenhuma pista ou qualquer indício que sustente uma simples suspeita".

Paulo Feitosa explica que o sargento Matias está preso, atualmente, por conta da acusação de ter praticado um duplo homicídio na cidade de Jaguaretama. "Processo este que está na fase de instrução, onde há o excesso de prazo na formação da culpa. Estamos trabalhando no caso e o Matias está detido no Presídio Militar, em Fortaleza. Este crime deveu-se a uma cobrança que as vítimas foram fazer ao sargento em sua própria residência. O crime aconteceu dentro da casa dele".

"Querem estigmatizar a figura do sargento, embora sem nenhuma comprovação de que ele tenha envolvimento na morte do Mainha. Nunca houve problemas entre os dois, nem amizade ou inimizade, repito. Não se trabalha com ilações, mas com provas", advertiu.

O advogado assinala que até hoje, desde a época do crime, seu constituinte não recebeu nenhum chamamento da Polícia ou mesmo da Justiça para qualquer tipo de esclarecimento em torno da morte do pistoleiro. "Não há nexo causal que leve o sargento a ser ao menos suspeito do assassinato", completa.

Mistério

A morte do pistoleiro Mainha completou um ano em janeiro último e, até agora, a Polícia não conseguiu esclarecer, trabalhando somente em hipóteses.


Postada:Gomes Silveira
Fonte:Matéria extraida do Portal Diário do Nordeste

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